Quinta Marques Gomes ou do Montado
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Quinta Marques Gomes |
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R. Manuel Marques Gomes 868, 4400-496 Vila Nova de Gaia
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Recursos
- Entrada acessível a pessoas em cadeiras de rodas
- Indicado para crianças
Avaliações recomendadas
Francisco Basto
28.01.2024
Quinta Marques Gomes ou do Montado
Manuel Marques Gomes, filho de pescadores nasceu pobre tendo vivido os primeiros anos da sua com grandes dificuldades. Teve, no entanto a sorte de ter despertado a atenção de uma senhora de posses que o tirou da rua e lhe deu educação. Em 1885 com dezoito anos partiu para o Brasil em busca de melhor sorte. No Pará ingressou na firma comercial Nunes & Almeida Lda. que em pouco tempo se iria transformar em Marques e Almeida. Importava aguardente, café e açúcar por grosso. Conheceu Rosalina dos Santos, brasileira com pais Portugueses da figueira da Foz, com quem se casou. Graças também à fortuna da família da mulher, os negócios de Marques Gomes continuaram e foram crescendo, criando com outros sócios a empresa de navegação Grão-Pará. Problemas de saúde acabaram por ditar o seu regresso a Portugal, 1890. Apesar da fortuna acumulada Manuel Marques Gomes continua a atividade mercantil, na firma exportadora de vinhos, Bento Cunha & C, em Matosinhos. Pai de treze filhos adquiriu, a quinta do montado, hoje mais conhecida como quinta Marques Gomes, na Alumiaria Canidelo Vila Nova de Gaia, começando a construção de um palacete. Á volta do seu palacete mandou plantar uma frondosa floresta com árvores únicas na região importadas do Brasil. Na sua quinta ergueu também uma fábrica de conserva de peixe. Investiu ainda em fábricas de cerâmica e em armazéns de vinho do Porto. Para além do sucesso nos negócios, Manuel Marques Gomes tornou-se também benemérito de várias instituições como a beneficência de Belém, o grémio literário de Lisboa, a venerável ordem terceira de São Francisco de Assis, tendo contribuído para a ampliação do hospital, o clube Euterpe, entre outras. Na sua terra natal apoiou obras paroquiais, financiou o prolongamento da rede elétrica até à freguesia, construiu o apeadeiro de coimbrões, uma escola primária, o campo de futebol sport clube de Canidelo, diversas ruas e estradas. Faleceu em 1932, com 65 anos de idade tendo os seus treze filhos se envolvido em disputas quanto à herança. Muito estimado pela população local o seu nome é hoje recordado em arruamentos e Edifícios públicos.